segunda-feira, 25 de junho de 2007
Crítica da totalidade histórica-
Eu busco sistematizar meu nojo.
Tornar mais frio meu imenso desprezo pelo "último homem".
É uma crítica de toda a história humana.
De toda forma de poder como princípio de coesão social.
Uma crítica que denuncia o próprio âmago da história humana: a perda progressiva do sentido do sagrado.
A lógica aristotélica, o cristianismo platonizado, a escolástica, o iluminismo triunfante, a idéia obscena de progresso, o positivismo, o empirismo (esse autismo da razão), o liberalismo, a razão instrumental e por fim essa loucura incomensurável chamada capitalismo.
Essa ferida profunda no espírito humano.
Há algo que foi perdido, há muito, muito tempo atrás
Algo hoje apenas sussurrado
Ou pressentido
nas franjas da ausência
ora pro nobis
terça-feira, 12 de junho de 2007
Sua contrapartida é um horror
O vazio, o nada, o absurdo, a frustação do sentido
Detestável mundo novo...
=/
Uma sociedade que esconde o fedor de seu apodrecimento com o falso aroma de suas hipocrisias não dá conta de fazer com que a PERCEPÇÃO de seu discurso mentiroso não seja escorraçado da realidade pela contradição evidente de sua prática imunda.No reino da mentira generalizada e do pesadelo social causado pelo impasse calamitoso desse modo de vida dito "moderno" o discurso dominante é uma aborrecida lenga-lenga sobre como é feliz a vida de seres humanos adestrados como ovelhas para consumir como porcos.
Os homens esperam que essa calamidade seja posta em chamas por uma totalidade que não só desconhecem como contra a qual nada podem.
Queda da infância
No princípio...
Eu te pus pra cuidar do jardim.
pela tua conformação te fiz protetor
e os animais e os seres mágicos
confiavam em ti.
E você conheceu o paraíso...
conheceu o antigo mundo humano
e em tua inocência
era todo ele um jardim
então teus caminhos eram consagrados à vida
e eram as primícias do teu desejo.
Mas tu caíste
Enquanto eu não estava.
Recusaste minha mão
e desde então tem andado só
nas sombras que prenunciam o pó
E ainda hoje no fundo do teu coração
tua alma se lembra*
uma nostalgia imperecível
uma saudade do futuro
onde enfim te retorne
teu paraíso perdido...
Continua...(* Vórtice?)
Jardim esquecido
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